“Farmacêutico, produtor de bem-estar, manipulador da cura, administrador da vida”

2 de dezembro de 2010

Paracetamol

São Paulo, 30 de novembro de 2010
O uso do paracetamol em crianças pode estar ligado ao desenvolvimento de alergias e asma posteriormente. O relatório foi publicado na revista “Alergia Clínica e Experimental”, baseado no Estudo Cohort em Asma e Alergia, na Nova Zelândia. Participaram da pesquisa 1.419 crianças de até 6 anos de idade.

Pesquisas identificaram que crianças que usaram a substância antes dos 15 meses de idade tinham maiores chances de se tornarem sensíveis a substâncias alérgicas e maior probabilidade de desenvolver asma aos 6 anos, em relação  às crianças que não utilizaram a substância. 

Entretanto, o autor do estudo admite que os benefícios do paracetamol, fármaco com propriedades analgésicas e antitérmicas, são maiores do que o potencial para o desenvolvimento posterior de alergias e, além disso, reforça que outras pesquisas precisam ser realizadas para melhores esclarecimentos sobre a substância. Quando utilizado com a devida orientação o paracetamol não oferece riscos.

Uso indiscriminado
Outro alerta é em relação ao uso indiscriminado de paracetamol, uma vez que a substância está presente em muitos antigripais usualmente utilizados pela população. O uso excessivo deste fármaco pode provocar problemas no fígado. Em 2003, um estudo demonstrou que o analgésico foi considerado a principal causa de insuficiência hepática nos Estados Unidos. 

A superdosagem de paracetamol pode causar necrose hepática, levando à morte. Adultos e crianças de 12 anos ou mais não podem exceder o total de 4g em 24 horas. As doses variam de 500 a 1000 mg/dose, com intervalos de 4 a 6 horas.

Interação Medicamentosa

A associação com outros fármacos anti-inflamatórios não esteroides pode potencializar os efeitos terapêuticos, bem como os tóxicos.

A combinação paracetamol e álcool também é considerada perigosa, visto que o fígado não consegue metabolizar simultaneamente as duas substâncias, aumentando, portanto, o risco de hepatotoxicidade.


Juliana Reis
Assessoria de Comunicação - CRF-SP

Nenhum comentário:

Postar um comentário