“Farmacêutico, produtor de bem-estar, manipulador da cura, administrador da vida”

14 de dezembro de 2010

Dinamicidade do mercado de trabalho

O mercado de trabalho está cada vez mais dinâmico competitivo e desafiador, todos já sentem na pele. Uma prova disso é que em qualquer profissão as exigências estão cada vez mais acentuadas, demandando novas competências, cobrando da gente o domínio de algo que nem sequer havíamos imaginado ou sido alertados com alguma antecedência.

Apesar da espinha dorsal do conhecimento que fundamenta e orienta grande parte da nossa formação, o mundo real do trabalho nos coloca a toda hora diante do desconhecido. Em qualquer área de atuação, o profissional sempre se depara com a necessidade de novos domínios. Mais grave ainda, o pragmatismo do trabalho marcado pela competição é todo revestido de sentido de urgência, os problemas precisam ser resolvidos, estamos sempre submetidos ao poder de escolha dos clientes, cada vez mais exigentes. Em bom português, no ambiente de trabalho existe balanço de conseqüências, razão pela qual não podemos ficar indiferentes a estas novas demandas por conhecimento.
Estes fatos ajudam a explicar o espantoso sucesso do site de buscas GOOGLE, e se alinha perfeitamente com a visão de Peter Drucker, quando se referia aos profissionais do futuro como trabalhadores do conhecimento, aqueles que são capazes de garimpar e pesquisar o que for necessário para o bom desempenho das suas funções no ambiente de trabalho. Mesmo que você seja um farmacêutico formado ou ainda cursando a faculdade, acredite que é justamente sobre pessoas como você que o pai da administração moderna (Peter Drucker) estava tratando quando se referia aos trabalhadores do conhecimento.
Tanto é verdade que neste momento você, um profissional da saúde, mais especificamente do ramo farmacêutico está agora diante de um texto que trata de gestão. E eu também arrisco um palpite de que o seu interesse por este assunto tem alguma relação com necessidades que já estão sendo percebidas ou que por intuição você considera importante.

Como a característica predominante da categoria de serviços é que eles em geral são feitos por gente, mais do que nunca, no caso das farmácias necessitamos de gente qualificada, preparada para atender clientes com características especiais cujo estado emocional não é o mesmo de quem vai comprar um parafuso, um sanduiche ou qualquer outro produto. No caso da farmácia, entregar o produto simplesmente é muito pouco, se ele não vier acompanhado das devidas recomendações, orientações sobre o tratamento.
Já que todo o processo de atendimento é feito por gente, e necessitamos fazê-lo com conhecimento, carinho, respeito, nos deparamos com uma demanda sobre a qual o farmacêutico precisa ficar muito atento e ter mais domínio: gestão de pessoas. Na minha convivência com o canal Farma desde 1994, sempre destaquei a importância do tema da gestão de pessoas, sobretudo quando se trata do ambiente de farmácias.

Você leitor, percebeu como a gestão de pessoas é importante no exercício da profissão de farmacêutico? Pois eu afirmo que este é só o começo. Como todos nós já sabemos o farmacêutico não tem condições de exercer a sua profissão em uma esquina qualquer atuando de uma forma improvisada. Em função de todo um aparato regulatório que se faz necessário, o exercício da profissão precisa ser feito em estabelecimento legalmente constituído, operar segundo regras estabelecidas e que também necessita operar com lucro. Na prática, a gestão de pessoas e a rentabilidade estão inseridas no contexto mais amplo da gestão do Negócio.

Na qualidade de farmacêutico, você conseguirá êxito na sua profissão se possuir ou trabalhar em uma farmácia que seja economicamente viável, socialmente necessária e de preferência reconhecida pelos clientes como um estabelecimento que agrega valor no ambiente onde atua. O tema da sustentabilidade precisa ser destacado e vamos combinar que não existe sustentabilidade sem rentabilidade. Este assunto já foi abordado aqui mesmo na nossa revista, na Edição de Novembro (Rentabilidade na Farmácia - o X da questão).
Uma pergunta que cabe neste momento é a seguinte: por que estender o desafio da gestão também para o farmacêutico? Esta não seria uma carga mais específica dos gerentes das farmácias?
Existem inúmeras razões para que criemos expectativas mais elevadas para a atuação dos nossos farmacêuticos e aí fica muito claro o desafio da gestão. Vamos examinar o universo das farmácias no Brasil, segundo dados do CFF (dezembro de 2009):
Grupo1. Das 79.010 farmácias e drogarias existentes no Brasil, 19.755 são de propriedade de farmacêuticos. Nestas farmácias, a presença do profissional vai muito além de corresponder as exigências legais. São lojas que precisam dar resultado, o sentido de urgência se manifesta todos os dias, o desafio de enfrentar concorrentes, satisfazer clientes exigentes. Converse com um destes proprietários e você verá o quanto o tema da gestão é importante. Se ele não reconhecer a importância da gestão, fatalmente a sua farmácia já se encontra em grupo de risco, ele pode ser proprietário de uma loja que não está preparada para uma situação de extrema competição. Aquele que reconhece a importância da gestão e se mobiliza neste sentido, amplia em muito as possibilidades de destaque, conseguindo mais resultados, terminando por ser mais satisfeito com a profissão que escolheu.

Grupo2. Um total de 45.481 farmácias é de propriedade de não farmacêuticos. Neste universo a gente percebe de tudo um pouco:
2.1-gerente da loja e farmacêutico não cooperam entre si, fica evidente a duplicidade de comando e verifica-se uma dissipação inútil de energia que poderia ser direcionada para os clientes, na forma de mais valor agregado. Neste conflito interno, se o gerente ganha a batalha, o farmacêutico fica restrito somente as questões legais, atendo-se aos registros, uma burocracia necessária, mas que não produz efeitos junto aos clientes, ficando cada vez mais distante a expectativa de um atendimento diferenciado, com orientação aos clientes.
2.2-por uma questão de economia, o farmacêutico pode até se tornar o gerente, mas só de direito, não de fato, por falta de conhecimento de temas relacionados a gestão. Nestas circunstâncias, os benefícios de um atendimento diferenciado, percebidos pelos clientes também são muito escassos e a loja pode correr sérios riscos pelo fato de não estar sendo bem administrada.
2.2-por uma questão de economia e funcionalidade, o farmacêutico gerente, mais capacitado, elimina a tão desastrosa duplicidade de comando, possui uma visão sistêmica da loja e considera a mesma como uma Unidade de Negócio. Isso significa que trata a farmácia como uma empresa, com faturamento, custo de mercadorias, despesas, podendo alcançar ou não o Resultado Líquido, dependendo de como lidera e motiva os seus funcionários, passando pelo gerenciamento de todos os recursos.
Vamos registrar que este último grupo é o que mais privilegia a gestão, ao mesmo tempo em que é o mais preparado para a competição, principalmente no que se refere a resistência ao processo de proliferação das grandes redes. No que este grupo se diferencia? Mais conhecimento, mais domínio de algumas ferramentas práticas de gestão.
Sem um farmacêutico forte e atuante no ambiente da farmácia o sonho da atenção farmacêutica não se viabiliza na prática, apesar de muita gente acreditar que isso seja possível pela via da legislação. Não me parece ser este o caminho.
Ma o que move um farmacêutico a se interessar por mais conhecimento que se relacione com a gestão da farmácia? Vejamos alguns fatos motivadores:
-Na competição acirrada do mercado, não é só a farmácia que está em jogo, mas a própria carreira, e por que não dizer a vida do farmacêutico, o bem estar dos seus familiares.
-mais domínio não só da parte técnica, mas da loja como um todo, mais segurança na condução do negócio.
-mais autoridade para liderar e implantar um modelo de atendimento diferenciado e mais humano.
-lojas mais bem administradas e mais preparadas para a extrema competição.
-mais bases para o empreendedorismo, encorajamento até para criar o próprio negócio.
Em resumo, teremos uma classe ainda mais forte, mais respeitada, mais reconhecida e recompensada pelo trabalho que exerce na sociedade. O impacto nas entidades representativas é imediato e proporcional.

Brasil está entre os 15 países mais empreendedores do mundo

Para ser um empreendedor de sucesso, são necessárias características como: iniciativa, eficiência e planejamento.






Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios





12 de dezembro de 2010

Filosofia única: Uma farmácia aconchegante.

Aos 27 anos, o agrônomo Sérgio Luís Carneiro decidiu largar a profissão e tornar-se empresário. Comprou uma das mais tradicionais farmácias de Itumbiara, Goiás, a Drogaria Arco-Íris. Embora não tivesse experiência no ramo, resolveu transferir o negócio da periferia para o centro da cidade. Apesar de ficar mais próximo da concorrência, o novo endereço garantia maior visibilidade ao estabelecimento. Contratou um profissional para atuar atrás do balcão e foi em busca de conhecimentos nas áreas de gestão e marketing. Fez diversos cursos, participou de seminários e confirmou o que, desde o início, imaginara: para ter sucesso na área, a última coisa que precisava saber era vender remédio. 'Percebi que, acima de tudo, era necessário entender de pessoas, porque são elas que movimentam qualquer tipo de negócio', diz Carneiro.

Com o objetivo de fugir da estagnação, típica do comércio farmacêutico do início dos anos 90, Carneiro decidiu informatizar o seu ponto-de-venda e trocar experiências com empresários de outras regiões. Passou a integrar a Associação Rede 2000, que reúne 140 farmácias de Goiás. O intercâmbio ajudou-o a compreender melhor a necessidade de uma parceria bem afinada com os fornecedores e os segredos das boas compras.

A primeira mudança radical feita pelo empresário foi no layout. Carneiro contratou uma arquiteta de interiores para repaginar o espaço, que ganhou cor nas paredes e no teto, iluminação planejada e conceitos de cromoterapia para reforçar a sensação de bem-estar dos clientes num ambiente geralmente pouco atraente. A farmácia, antes escura e sisuda, ficou clara e aconchegante, com mais espaço para circulação e manipulação dos produtos.

Segundo ele, o maior desafio no ramo é aprender a lidar com a emoção das pessoas, porque ninguém procura uma farmácia por prazer. 'É necessário ir muito além da venda de medicamentos', afirma Carneiro. 'É preciso investir no visual, no treinamento dos funcionários e na oferta de serviços.'

Hoje, a Arco-Íris é uma rede com seis farmácias, que conta com 44 funcionários, a maioria jovens profissionais com nível universitário, dispostos a quebrar paradigmas. Graças à versatilidade da equipe, a rede pode oferecer uma gama de serviços diferenciados, como habilitação de celular, recebimento de contas, venda de cartões telefônicos, medição das taxas de colesterol e até servir de ponto de encontro da terceira idade. 'Como estamos sempre dispostos a um bom bate-papo, conseguimos abstrair do cliente suas necessidades e corrigir nossos possíveis erros', diz o empresário.
A inovação é
um trabalho de equipe
e não uma bandeira a ser carregada apenas pelo dono ou por
um funcionário
dedicado

A rede foi a primeira da cidade a informatizar suas unidades e a entregar remédios em domicílio com veículos motorizados, em vez de fazê-lo por meio das tradicionais bicicletas. Ele conseguiu garantir, assim, maior agilidade no atendimento. Por cinco anos, Carneiro fez da pequena matriz um laboratório para a melhoria de velhas práticas de gestão e de resultados. Só depois resolveu apostar suas fichas na expansão.

Fonte: Pequenas Empresas & Grande Negócios

Febre de Sucesso

O empreendedor cearense Francisco Deusmar de Queirós transformou a Pague Menos na maior rede de farmácias do País
Deusmar: "Embasamos nosso modelo de negócio no tripé inovação, conveniência e cidadania, e procuramos crescer passo a passo, nos reiventando continuamente"O pioneirismo na adoção de programas de responsabilidade social e a antecipação de tendências fizeram da rede Pague Menos a líder no disputado mercado nacional do varejo farmacêutico. Em 2009 a empresa tornou-se uma das poucas varejistas do País a possuir lojas em todos os 26 estados, além do Distrito Federal. No mesmo período a popularidade da farmácia cearense atingiu as nuvens, com a consolidação de nada menos que 340 lojas, distribuídas por 100 municípios. Isso representa um atendimento mensal de 5,5 milhões de clientes, em um incremento anual de 20% no faturamento, que beirou os R$ 2 bilhões no ano passado.
À frente desse império empresarial está o cearense Francisco Deusmar de Queirós, um exemplo de empreendedor brasileiro que não mediu esforços para chegar ao topo. Nascido em 1947 na pequena cidade de Amontoada, no interior cearense, Deusmar começou cedo, aos oito anos de idade, ajudando o pai em uma pequena mercearia, logo depois da família se mudar para Fortaleza. A partir daí não parou mais. Graduou-se em Ciências Econômicas e Administrativas pela Universidade Federal do Ceará, foi professor universitário e coordenador do curso de Economia. Ao mesmo tempo, colocava em prática toda a teoria que repassava aos alunos. “A persistência em conciliar estudos e vocação comercial sempre acompanhou minha trajetória”, reconhece o empreendedor.
Depois da experiência universitária, Deusmar partiu para o mercado financeiro, onde foi o responsável pela organização da área de operações da Bolsa de Valores regional. Criou a PAX Corretora de Valores, que se tornou a maior do Brasil na sua área de atuação. Mas o sucesso ainda era pouco para as pretensões do empreendedor cearense. Em 1981 foi para os Estados Unidos, onde se especializou na Bolsa de Valores de Nova York e aprimorou seus conhecimentos de gerenciamento na Universidade da Flórida.
De volta ao Brasil, já com seu primeiro milhão de dólares, deu início ao império das farmácias Pague Menos, inaugurando a matriz na periferia de Fortaleza. A década seguinte encontraria Deusmar Queirós empenhado em consolidar seu conceito de farmácia popular e inovadora, em uma expansão que aos poucos ganhou todo o mercado nordestino. Com o foco na inovação, e sempre à frente da concorrência, a rede de farmácias cearense brigou na Justiça pela condição de incorporar o conceito de drugstore em suas lojas, conseguindo o direito de vender conveniência, produtos de beleza, higiene pessoal e objetos de uso diário. Ganhou a batalha e abriu um diferencial que impulsionou a rede nos anos 1990.
Mas os planos de expansão do empreendedor cearense não pararam por aí. A chegada da Pague Menos a São Paulo abriu as portas do País. Durante esse período, além das farmácias, Deusmar consolidou um grupo empresarial que atua em setores tão diversos como o químico, bancário e de comunicação. Só neste ano a rede cearense planeja crescer mais 20% e chegar à marca de 400 lojas.
Tratamento VIP
O novo ciclo de expansão da Pague Menos deve contar ainda com um diferencial que faz o sucesso da farmácia ser ainda maior: o Espaço VIP. A ampliação de lojas que contam com esse local diferenciado, destinado à venda de cosméticos, cremes e produtos que levam marca própria, será prioridade. Pelo menos 40 lojas devem receber o tratamento VIP, que agrega mais espaço de atendimento, com ambiente em piso de porcelanato e ar-condicionado. Serão priorizadas cidades com mais de 100 mil habitantes, em São Paulo, sul de Minas Gerais e Região Sul. Embora não esteja descartada a ampliação de lojas nos mercados do Norte e Nordeste, onde a Pague Menos é líder no segmento, os investimentos no Sul e Sudeste devem ser a tônica para os próximos meses. Do início em Fortaleza até a consolidação nacional, a Pague Menos nunca parou de mudar e buscar alternativas úteis para os consumidores. “Sempre embasamos nosso modelo de negócio no tripé inovação, conveniência e cidadania, e procuramos crescer passo a passo, mas sem deixar de nos reiventar continuamente”, ensina Deusmar Queirós.
A mais recente inovação criada por ele é a promoção de um circuito de corridas, que levará milhares de pessoas para as ruas de diversas capitais brasileiras. As corridas, que acontecerão de maio a novembro, serão acompanhadas por palestras e orientações sobre saúde, beleza e atividades como massagens e aplicação de cosméticos. Tudo em um ambiente de descontração, onde o foco será o cliente. De acordo com a diretora de marketing e compras Patrícia Rodrigues, outro ponto que terá destaque será a promoção da consciência ecológica. Para isso a Pague Menos está elaborando atividades como o recolhimento de medicamentos vencidos para incineração, em parceria com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). “São iniciativas que buscam estimular cuidados com a saúde, o bem-estar e até a autoestima dos participantes”, assegura Patrícia. As ações de responsabilidade social, que tornaram a Pague Menos conhecida no mercado nacional, também serão valorizadas, com doação de parte do valor arrecadado nas inscrições para a Associação Brasileira de Amiotrofia Espinhal.
Atuação social
A adoção dos conceitos de responsabilidade social faz parte das diretrizes da rede desde 1985, quando Queirós deu início a um programa pioneiro de doação de ambulâncias e cadeiras de rodas a municípios pobres do Ceará. Em 1998 a Pague Menos tornou-se a primeira empresa nordestina a adotar um município, no programa social Alfabetização Solidária. Cinco anos mais tarde, uma parceria com o Unicef abria as portas da rede de farmácias para a aquisição de livros que seriam doados a bibliotecas comunitárias em bairros com população de baixa renda por todo o Nordeste.
A acelerada expansão da Pague Menos em um momento onde o varejo brasileiro passa por uma série de fusões e incorporações parece não assustar o empresário, que já declarou que não está interessado em abrir sociedade para alavancar a rede. Até 2012 Francisco Deusmar de Queirós quer chegar às 440 unidades de sua farmácia e abrir o capital da empresa no mercado acionário. “Continuaremos a ocupar espaços no Norte e Nordeste, onde já somos líderes, mas queremos ter maior presença no Sul e Sudeste”, adianta o empresário. Nada mal para o garoto que começou ajudando o pai em uma pequena mercearia, vendendo laranjas, bananas e rapaduras em feiras, com um caixote na cabeça ou em um velho carro de mão.
Trajetória
1989: Torna-se pioneira no recebimento de contas e vendas de vales-transporte.
1993: Nasce a Farmácia de Manipulação Pague Menos, dedicada à produção de medicamentos e cosméticos manipulados.
1997: Realização do 1º Encontro de Mulheres Pague Menos, o maior evento feminino.
1998: A Pague Menos lança o Cartão Pague Menos MasterCard, aceito em milhares de estabelecimentos em todo país. Primeira empresa privada do nordeste a adotar um município no Programa Social Alfabetização solidária.
2000: Atinge um recall de marca de 74%, o maior do Ceará.
2003: Em parceria com o UNICEF, cria o Programa Infância Feliz Pague Menos, com o objetivo de contribuir para a educação de crianças de baixa renda através de doações de livros para bibliotecas comunitárias.
2005: O Cartão Sempre Pague Menos atinge a marca de 3,6 milhões de usuários.Cria o conceito exclusivo “loja dentro de loja”: um ambiente diferenciado em suas farmácias para clientes específicos. Assim surgem o Espaço Vip e o Espaço Vida Saudável.
2006: Em parceria com o Governo Federal, a Pague Menos implanta a Farmácia Popular em todas as suas lojas, para levar medicamentos com até 90% de desconto para todo cidadão brasileiro, sendo uma das primeiras redes de farmácia a ter essa iniciativa.Cria a AME – Atendimento de Medicamentos Especiais. Uma estrutura totalmente voltada a medicamentos especiais, que necessitam de controle e cuidados diferenciados, como os indicados para o tratamento de infertilidade, oncologia, diabetes e demais patologias específicas.
2008: 1º lugar em volume de vendas e em número de lojas no ranking oficial da Abrafarma. Nasce o Sempre Bem, programa de TV com veiculação nacional que leva saúde e beleza para todo o Brasil.
2009: Consolidação da rede em todo o pais, atraves deações como promoções “Sonha Brasil”. A Pague menos realiza, com o sorteio de 10 casas.
Rede Pague Menos:
- 9 mil colaboradores
- 350 pontos de venda
- 26 estados da federação
- 100 municípios
- R$ 1,8 bilhão de faturamento (2009)

Fonte: Empreendedor

Pesquisa & Desenvolvimento - Biolab recebe prêmio Gestão da Inovação da Finep

A Biolab foi a 3ª colocada no Prêmio Inovação 2010 – região Sudeste, iniciativa da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), anunciado ontem em Vitória (ES). A empresa (único laboratório farmacêutico premiado) foi reconhecida por sua atuação na categoria especial Gestão da Inovação. Participaram mais de 145 organizações dos mais diferentes segmentos. O evento contou com a presença de Maria Aparecida Neves, chefe de Gabinete da Presidência da FINEP, e Lucas Izoton, presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), entre outras autoridades.

O Diretor de PD&I da Biolab, Dr. Marcio Falci, ressalta que a empresa tem capital 100% nacional e um dos maiores índices de investimento em PD&I do País: cerca de 7% do faturamento. “Continuamos buscando parcerias e investimentos com o objetivo de poder proporcionar o acesso à inovação a toda a população”, ressalta o Dr. Falci.

A Biolab é a quarta maior farmacêutica nacional e a única entre as maiores do setor que não investe no mercado de genéricos. Sua filosofia de atuação está atrelada à geração de conhecimento e produtos inovadores. Atualmente, são mais de 300 pesquisas em desenvolvimento.

A FINEP, empresa pública criada em 1967, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), promove o Prêmio Inovação desde 2003, e nos últimos anos tem apoiado de maneira efetiva setores estratégicos para o desenvolvimento do País, como indústria farmacêutica, biocombustíveis, exploração de petróleo e desenvolvimento de fontes de energia renovável, entre outros.

Sobre a Biolab – Indústria farmacêutica de capital privado, 100% nacional, a Biolab foi fundada em 1997, consolidando sua trajetória com base no compromisso de oferecer saúde e qualidade de vida à população brasileira. Líder de mercado em prescrição de medicamentos cardiovasculares, a empresa também atua nas especialidades de ginecologia, clínica médica, pediatria, dermatologia e ortopedia e reumatologia. A Biolab é a empresa brasileira do setor que mais investe em pesquisa, desenvolvimento e inovação, ocupando a 9º posição no ranking de medicamentos vendidos sob prescrição médica. Além disso, apresenta um desempenho crescente, fruto de parcerias com universidades e laboratórios de pesquisa nacionais e internacionais, e ao comprometimento com ações de responsabilidade social.

Fonte: Notícias Saúde.

11 de dezembro de 2010

Perfumaria uma categoria estratégica para a farmácia


É preciso reconhecer que para as circunstâncias da época, este era um tema considerado por muitos como "futurista". Naquele tempo, poucos eram os proprietários de farmácias que sentiam a necessidade de levar a sério a perfumaria. Muitos deles nem sequer percebiam a grande diferença que é vender perfumaria, em comparação com a venda de medicamentos.

Para começar, em função da característica da venda, a grande maioria dos medicamentos sempre foi "comprado" pelos clientes ao passo que a perfumaria é muito mais "vendida". Vamos explicar melhor: no caso dos medicamentos a iniciativa da compra é muito mais estabelecida pelo cliente. Mesmo que originalmente o cliente nem pense em fazer a compra, quer seja para correção ou prevenção, mais cedo ou mais tarde ele acaba se deslocando até a farmácia. Em alguns casos, é a própria sobrevivência que está em jogo.
E no caso da perfumaria? Muitos proprietários me indagam: "mas por que você afirma que estes produtos são vendidos se a grande maioria da compra ocorre por impulso? A compra por impulso não é uma decisão que cabe só ao cliente?" A pergunta até que faz certo sentido, mas se acreditamos que toda iniciativa para a compra ocorre por conta dos clientes, concordamos que a loja acaba tendo uma postura muito passiva, como se nada pudesse ser feito. E este é o grande erro!
Vamos combinar que a compra por impulso é uma ação quase que inconsciente praticada pelo cliente, mas ela é só a ponta do iceberg de um grande número de ações conscientes que a loja necessita conhecer e fazer. A farmácia precisa colocar em prática alguns fundamentos que dizem respeito ao comércio de perfumaria no seu ambiente.

Mas antes de você começar a se ocupar com o que fazer para que isso aconteça, a pergunta que ainda persiste é o por que fazer? Muitos proprietários de farmácias ainda não estão convencidos da necessidade de uma maior participação da perfumaria no mix de produtos da sua loja. Vamos enumerar algumas razões para que não fique nenhuma dúvida e comecemos logo a recuperar o tempo perdido.

1- O nosso cliente possui outras necessidades, além dos medicamentos. A perfumaria é uma delas. Por que não satisfazê-las com produtos comprados nas nossas lojas?
2- Independente da faixa etária, a perfumaria é considerada produto de uso contínuo, o que acaba aumentando a freqüência dos clientes na loja. Isso não é fundamental para uma farmácia?
3- Este é um mercado que já corresponde a dois terços do que se gasta com medicamentos no Brasil, e mesmo assim continua crescendo a taxas exuberantes. Em poucos anos, o que se consome com medicamentos será equivalente ao consumo de perfumaria. Se este mercado cresce tanto, é porque existe necessidade. Por isso a razão da demanda elevada. No mundo dos negócios, onde existe necessidade existe demanda e onde existe demanda residem oportunidades de negócios. Por que razão a nossa farmácia não poderia usufruir destas oportunidades?
4- A necessidade de margens melhores. A rentabilidade da farmácia vem sendo afetada nos últimos anos. O crescimento da perfumaria faz parte das medidas estratégicas com as quais precisamos nos ocupar com urgência.
5- Precisamos quebrar o paradigma de que supermercado é a referência para perfumaria. Em geral, devido à guerra de preços que eles travam nos alimentos, os preços da perfumaria não são tão baixos quanto muitos imaginam. Existem pesquisas que atestam esta afirmação. Mas muito antes de fazermos a cabeça dos consumidores, nós precisamos antes nos convencer em definitivo de que lugar de perfumaria é na farmácia. Pra começo de conversa, em todos os cursos que ministramos sobre este tema, a platéia (proprietários, funcionários) sempre considera que no caso da perfumaria, um atendimento mais qualificado com orientação, dicas práticas, fazem muita diferença na hora da venda. Neste quesito, todos concordam que a nota para o Supermercado é zero. Percebeu a oportunidade para a sua farmácia?
A nossa esperança é que em pouco tempo a perfumaria seja considerada por muitos como uma categoria estratégica, contribuindo de forma significativa para a competitividade e prosperidade das nossas farmácias.

Fonte: Gilson Coelho, Consultor Corporativo especializado no Canal Farma.


7 de dezembro de 2010

O Farmacêutico Gestor


O mercado de trabalho está cada vez mais dinâmico competitivo e desafiador, todos nós já sentimos na pele. Uma prova disso é que em qualquer profissão as exigências estão cada vez mais acentuadas, demandando novas competências, cobrando da gente o domínio de algo que nem sequer havíamos imaginado ou sido alertados com alguma antecedência.

Em qualquer área de atuação, o profissional sempre se depara com a necessidade de novos domínios. Mais grave ainda, o pragmatismo do trabalho marcado pela competição é todo revestido de sentido de urgência, os problemas precisam ser resolvidos, estamos sempre submetidos ao poder de escolha dos clientes, cada vez mais exigentes. Em bom português, no ambiente de trabalho existe balanço de conseqüências, razão pela qual não podemos ficar indiferentes a estas novas demandas por conhecimento.
Em boa medida, estes fatos ajudam a explicar o espantoso sucesso do site de buscas GOOGLE, e se alinha perfeitamente com a visão de Peter Drucker, quando se referia aos profissionais do futuro como trabalhadores do conhecimento, aqueles que são capazes de garimpar e pesquisar o que for necessário para o bom desempenho das suas funções no ambiente de trabalho.
Mesmo que você seja um farmacêutico formado ou ainda cursando a faculdade, acredite que é justamente sobre pessoas como você que o pai da administração moderna (Peter Drucker) estava tratando quando se referia aos trabalhadores do conhecimento.
Percebeu como você tem uma forte relação com o perfil do trabalhador do conhecimento?
Como a característica predominante da categoria de serviços é que eles em geral são feitos por gente, mais do que nunca, no caso das farmácias necessitamos de gente qualificada, preparada para atender clientes com características especiais cujo estado emocional não é o mesmo de quem vai comprar um parafuso, um sanduiche ou qualquer outro produto. No caso da farmácia, entregar o produto simplesmente é muito pouco, se ele não vier acompanhado das devidas recomendações, orientações sobre o tratamento.
Já que todo o processo de atendimento é feito por gente, e necessitamos fazê-lo com conhecimento, carinho, respeito, nos deparamos com uma demanda sobre a qual o farmacêutico precisa ficar muito atento e ter mais domínio:gestão de pessoas. 
Quando se trata das orientações técnicas sobre o tratamento, os funcionários necessitam do conhecimento e da supervisão do farmacêutico e para que este possa navegar com desenvoltura, necessitará de habilidades para lidar com pessoas. Mais do que isso, precisará também assumir o papel do instrutor, do orientador capaz de desenvolver as competências necessárias para quem pretende fazer um atendimento diferenciado, indo muito além da simples troca de medicamentos por dinheiro. Lembremos que o farmacêutico é o líder natural da farmácia, capaz de influenciar e qualificar o momento da dispensação.  A dispensação com qualidade está raiz da profissão do farmacêutico. Trata-se de um momento cujo ato precisa ser revestido de mais significado, de inspiração, e o farmacêutico é o único agente no interior da farmácia cuja liderança pode sim contribuir para que no mínimo ele se torne mais humano.
Você leitor, percebeu como a gestão de pessoas é importante no exercício da profissão de farmacêutico? Pois eu afirmo que este é só o começo. Como todos nós já sabemos o farmacêutico não tem condições de exercer a sua profissão em uma esquina qualquer atuando de uma forma improvisada. Em função de todo um aparato regulatório que se faz necessário, o exercício da profissão precisa ser feito em estabelecimento legalmente constituído, operar segundo regras estabelecidas e que também necessita operar com lucro. Na prática, a gestão de pessoas e a rentabilidade estão inseridas no contexto mais amplo da gestão do Negócio.  
Na qualidade de farmacêutico, você conseguirá êxito na sua profissão se possuir ou trabalhar em uma farmácia que seja economicamente viável, socialmente necessária e de preferência reconhecida pelos clientes como um estabelecimento que agrega valor no ambiente onde atua. O tema da sustentabilidade precisa ser destacado e vamos combinar que não existe sustentabilidade sem rentabilidade. 
Uma pergunta que cabe neste momento é a seguinte: por que estender o desafio da gestão também para o farmacêutico? Esta não seria uma carga mais específica dos gerentes das farmácias?
Existem inúmeras razões para que criemos expectativas mais elevadas para a atuação dos nossos farmacêuticos e aí fica muito claro o desafio da gestão. Vamos examinar o universo das farmácias no Brasil, segundo dados do CFF (dezembro de 2009):
Grupo1. Das 79.010 farmácias e drogarias existentes no Brasil, 19.755 são de propriedade de farmacêuticos. Nestas farmácias, a presença do profissional vai muito além de corresponder as exigências legais. São lojas que precisam dar resultado, o sentido de urgência se manifesta todos os dias, o desafio de enfrentar concorrentes, satisfazer clientes exigentes. Converse com um destes proprietários e você verá o quanto o tema da gestão é importante. Se ele não reconhecer a importância da gestão, fatalmente a sua farmácia já se encontra em grupo de risco, ele pode ser proprietário de uma loja que não está preparada para uma situação de extrema competição. Aquele que reconhece a importância da gestão e se mobiliza neste sentido, amplia em muito as possibilidades de destaque, conseguindo mais resultados, terminando por ser mais satisfeito com a profissão que escolheu.
Grupo2. Um total de 45.481 farmácias é de propriedade de não farmacêuticos. Neste universo a gente percebe de tudo um pouco:
2.1-gerente da loja e farmacêutico não cooperam entre si, fica evidente a duplicidade de comando e verifica-se uma dissipação inútil de energia que poderia ser direcionada para os clientes, na forma de mais valor agregado. Neste conflito interno, se o gerente ganha a batalha, o farmacêutico fica restrito somente as questões legais, atendo-se aos registros, uma burocracia necessária, mas que não produz efeitos junto aos clientes, ficando cada vez mais distante a expectativa de um atendimento diferenciado, com orientação aos clientes.
2.2-por uma questão de economia, o farmacêutico pode até se tornar o gerente, mas só de direito, não de fato, por falta de conhecimento de temas relacionados a gestão. Nestas circunstâncias, os benefícios de um atendimento diferenciado, percebidos pelos clientes também são muito escassos e a loja pode correr sérios riscos pelo fato de não estar sendo bem administrada.
2.2-por uma questão de economia e funcionalidade, o farmacêutico gerente, mais capacitado, elimina a tão desastrosa duplicidade de comando, possui uma visão sistêmica da loja e considera a mesma como uma Unidade de Negócio. Isso significa que trata a farmácia como uma empresa, com faturamento, custo de mercadorias, despesas, podendo alcançar ou não o Resultado Líquido, dependendo de como lidera e motiva os seus funcionários, passando pelo gerenciamento de todos os recursos.
Vamos registrar que este último grupo é o que mais privilegia a gestão, ao mesmo tempo em que é o mais preparado para a competição, principalmente no que se refere a resistência ao processo de proliferação das grandes redes. No que este grupo se diferencia? Mais conhecimento, mais domínio de algumas ferramentas práticas de gestão.
Sem um farmacêutico forte e atuante no ambiente da farmácia o sonho da atenção farmacêutica não se viabiliza na prática, apesar de muita gente acreditar que isso seja possível pela via da legislação. Não me parece ser este o caminho.
Ma o que move um farmacêutico a se interessar por mais conhecimento que se relacione com a gestão da farmácia? Vejamos alguns fatos motivadores:
-Na competição acirrada do mercado, não é só a farmácia que está em jogo, mas a própria carreira, e por que não dizer a vida do farmacêutico, o bem estar dos seus familiares.
-mais domínio não só da parte técnica, mas da loja como um todo, mais segurança na condução do negócio.
-mais autoridade para liderar e implantar um modelo de atendimento diferenciado e mais humano.
-lojas mais bem administradas e mais preparadas para a extrema competição.
-mais bases para o empreendedorismo, encorajamento até para criar o próprio negócio.
Em resumo, teremos uma classe ainda mais forte, mais respeitada, mais reconhecida e recompensada pelo trabalho que exerce na sociedade. O impacto nas entidades representativas é imediato e proporcional.
Por hora, concentremos os nossos esforços em levar adiante a bandeira e os benefícios da boa gestão, para o bem da população e para o engrandecimento desta profissão que é tão necessária para todos nós.

3 de dezembro de 2010

CURIOSIDADES

Governo proíbe venda de antibióticos sem receita médica

Para quem não resiste à automedicação, precisa tomar mais cuidados, pois, a partir do último domingo (28/11), entra em vigor a nova regra para a venda de medicamentos. Todas as farmácias e drogarias serão obrigadas a vender antibióticos sob prescrição médica. Uma exigência proferida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.

A medida da Anvisa é combater superbactérias, como a klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), um organismo multiresistente à antibióticos, que ataca, principalmente, pessoas que estão com imunidade muito baixa e internadas em UTIS dos hospitais. Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o estado que mais sofreu com a bactéria KPC foi o Distrito Federal. O governo federal está acompanhando mais de perto os riscos causados na população do DF, e a Anvisa está avaliando o que provocou a disseminação da klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC ) nos hospitais públicos e privados de Brasília. Registros mostram que, desde janeiro, 15 brasiliense morreram contaminados pela superbactéria. Segundo balanço da Secretaria de Saúde, há hoje 135 pessoas contaminadas pela KPC no Distrito Federal.

Outra causa, que resultou na medida rigorosa da Anvisa e do Ministério da Saúde,  é a diminuição do uso indiscriminado de antibióticos no Brasil. Para muitos, já virou rotina a compra descontrolada de antibióticos e outros medicamentos. Muitos brasileiros usam, quase que diariamente, sem nenhum tipo de prescrição médica.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 50% das prescrições de antibióticos no mundo são inadequadas. Só no Brasil, o comércio de antibióticos movimentou, em 2009, cerca de R$ 1,6 bilhão, segundo relatório do instituto IMS Health.

A nova regra:
As farmácias e drogarias de todo o país só poderão vender esses medicamentos mediante receita de controle especial em duas vias. A primeira via ficará retida no estabelecimento farmacêutico e a segunda deverá ser devolvida ao paciente com carimbo para comprovar o atendimento.
As receitas também terão um novo prazo de validade, de dez dias, devido às especificidades dos mecanismos de ação dos antimicrobianos.  Os prescritores devem estar atentos para a necessidade de entregar, de forma legível e sem rasuras, duas vias do receituário aos pacientes.
As medidas valem para mais de 90 substâncias antimicrobianas, que abrangem todos os antibióticos com registro no país, com exceção dos que tem uso exclusivo no ambiente hospitalar.

Outras mudanças:
As embalagens e bulas também terão que mudar e incluir a seguinte frase: “VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA”. As empresas terão 180 dias para fazer as adequações de rotulagem.
Todas as prescrições deverão, ainda, ser escrituradas, ou seja, ter suas movimentações registradas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). O prazo para que as farmácias iniciem esse registro e concluam a adesão ao sistema também é de 180 dias, a partir da data de publicação da resolução (28/10).

Confira a íntegra da resolução.
FONTE: Rita  Vasconcelos - Blog Papo de Jornalista.

2 de dezembro de 2010

Paracetamol

São Paulo, 30 de novembro de 2010
O uso do paracetamol em crianças pode estar ligado ao desenvolvimento de alergias e asma posteriormente. O relatório foi publicado na revista “Alergia Clínica e Experimental”, baseado no Estudo Cohort em Asma e Alergia, na Nova Zelândia. Participaram da pesquisa 1.419 crianças de até 6 anos de idade.

Pesquisas identificaram que crianças que usaram a substância antes dos 15 meses de idade tinham maiores chances de se tornarem sensíveis a substâncias alérgicas e maior probabilidade de desenvolver asma aos 6 anos, em relação  às crianças que não utilizaram a substância. 

Entretanto, o autor do estudo admite que os benefícios do paracetamol, fármaco com propriedades analgésicas e antitérmicas, são maiores do que o potencial para o desenvolvimento posterior de alergias e, além disso, reforça que outras pesquisas precisam ser realizadas para melhores esclarecimentos sobre a substância. Quando utilizado com a devida orientação o paracetamol não oferece riscos.

Uso indiscriminado
Outro alerta é em relação ao uso indiscriminado de paracetamol, uma vez que a substância está presente em muitos antigripais usualmente utilizados pela população. O uso excessivo deste fármaco pode provocar problemas no fígado. Em 2003, um estudo demonstrou que o analgésico foi considerado a principal causa de insuficiência hepática nos Estados Unidos. 

A superdosagem de paracetamol pode causar necrose hepática, levando à morte. Adultos e crianças de 12 anos ou mais não podem exceder o total de 4g em 24 horas. As doses variam de 500 a 1000 mg/dose, com intervalos de 4 a 6 horas.

Interação Medicamentosa

A associação com outros fármacos anti-inflamatórios não esteroides pode potencializar os efeitos terapêuticos, bem como os tóxicos.

A combinação paracetamol e álcool também é considerada perigosa, visto que o fígado não consegue metabolizar simultaneamente as duas substâncias, aumentando, portanto, o risco de hepatotoxicidade.


Juliana Reis
Assessoria de Comunicação - CRF-SP